
Uma operação conjunta, coordenada
pela Polícia Federal (PF) em Araçatuba (SP) e executada ontem em quatro estados
do Brasil, culminou com a prisão, em Fortaleza, do traficante de drogas e armas
Alejandro Juvenal Herbas Camacho Júnior, 44. Mais conhecido como Júnior, ele é
integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), irmão de Marcos Willians Herbas
Camacho, 48, o Marcola — líder da facção criminosa fundada nos presídios de São
Paulo. A primeira fase da Operação Quinta Roda, deflagrada em São Paulo,
Paraná, Mato Grosso do Sul e Ceará, terminou com a prisão de 29 criminosos e
apreensão de mais de meia tonelada de cocaína (560 kg), mais de 26 toneladas de
maconha, oito caminhões, dois veículos de passeio, um fuzil 5.56, uma pistola 9
mm, R$ 105 mil e U$ 160 mil. Segundo o setor de Comunicação Social da Polícia
Federal em Araçatuba, no Brasil, a droga era transportada em caminhões e,
muitas vezes, dentro de pneus sobressalentes — daí o nome de Operação Quinta
Roda. Os traficantes também camuflavam a cocaína e a maconha no meio de cargas
de milho, madeira e farinha.
Alejandro e Marcola - A prisão de
Alejandro Camacho, em Fortaleza, reforça a condição do Ceará como núcleo de
atuação e negócios do PCC. Depois de ser apresentado à Justiça Federal no
Ceará, Alejandro foi encaminhado para a carceragem da PF na capital cearense. Júnior é considerado pela Polícia de São Paulo
um dos principais articuladores do PCC e o “número 2” da organização. Ele e
outros 101 presos fugiram da Penitenciária do Carandiru em 2001. Cinco anos
depois, ele foi recapturado pela polícia paulista. Quando foi preso em 2006, a
polícia constatou que Alejandro havia morado no Ceará e usado documentos falsos
no período em que esteve foragido. Marcola, seu irmão, está preso na
Penitenciária Estadual de Segurança Máxima de Presidente Venceslau, em São
Paulo. Ele cumpre pena de 232 anos por tráfico de drogas, homicídio e assalto a
banco.
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