Condenado integrava organização criminosa formada por
policiais militares
A Justiça do Ceará
condenou o policial militar Rodson Levi
Feitosa Matos a 36 anos, nove meses e 15 dias de prisão pelos crimes de
extorsão, tráfico de drogas e integrar organização criminosa no Ceará. A
decisão foi proferida por meio da Vara de Delitos de Organizações Criminosas e
publicada no Diário da Justiça Eletrônico (DJE) na última terça-feira, 15. Conforme
a decisão, o condenado evidenciou integrar e exercer função de extrema
relevância em uma organização criminosa composta por policiais militares, sendo
o Rodson uma peça importante na engrenagem da organização criminosa e um dos
principais informantes.
As investigações que levaram à condenação do policial foram realizadas pelo
Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) por
meio da operação ‘Genesis’. Os agentes interceptaram comunicações telefônicas e
captaram diálogos com conteúdo criminoso dos policiais e se estruturaram para
realizar os crimes. Segundo o Ministério Público do Estado do Ceará
(MPCE), onde o Gaeco atua, as funções dos membros da organização criminosa
independente eram bem delineadas, sendo o grupo policial responsável por “prestar
apoio e executar as ações pesquisadas pelos associados”. Entre os objetivos,
era a identificação de alvos envolvidos em crimes, onde implementavam a
abordagem e extorsão contra estes indivíduos. Em seguida, revendiam os
materiais ilícitos apreendidos, como drogas e armas. Os investigados
partilhavam os lucros das ações criminosas numa espécie de consórcio criminoso.
Conforme a decisão da Justiça Estadual, o réu deve cumprir a pena em regime
inicialmente fechado. No entanto, a
decisão permitiu que o condenado tenha o direito de recorrer em liberdade. O
policial está solto desde novembro de 2023.
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