Uma jogada de marketing. Foi dessa forma que a titular da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), Valéria Aragão, interpretou a decisão do tráfico de proibir a venda de crack na Favela do Jacarezinho, no Jacaré, subúrbio do Rio. “Certamente não foi por pena do usuário. Se fosse assim, não venderia droga nenhuma. A motivação foi o lucro, não há nada de nobre nisso”, disse nesta quinta-feira (21) a delegada, ao comentar a iniciativa dos traficantes, que na quarta (20) afixaram cartazes com o aviso da proibição.
A titular da DCOD informou que o tráfico no Jacarezinho e nas vizinhas Mandela e Manguinhos recebe monitoramento especial, com operações permanentes e trabalho de inteligência. A atenção da Polícia Civil naquela região tem vários motivos. O local abriga a maior cracolândia da cidade e figura atualmente como o complexo de favelas mais violento do Rio, depois da ocupação de comunidades tradicionalmente perigosas. Além desses fatores, está sendo construído, entre Jacarezinho e Manguinhos, a Cidade da Polícia, que vai abrigar as delegacias especializadas. As obras devem ficar prontas em outubro, mas a central só deve começar a funcionar em janeiro.
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