
Escondendo o rosto sob os longos
cabelos com luzes californianas, Sendy Gabrielli Gomes, 27, revoltava-se com o
fato de estar presa. “Deve ser bonito para eles (policiais) terem prendido duas
patricinhas”, argumentava ela, algemada ao lado de Débora Ruth Carvalho de
Menezes, 19. As duas foram presas, na noite da última terça-feira, por PMs em
uma blitz no Vale do Ogunjá, em Brotas -SP - após serem flagradas dirigindo um carro roubado,
um Palio Fire branco, de placa original OKO 8596. Além de roubado, o veículo
estava com a placa NZZ 0215, pertencente a uma caminhonete L-200 prata.

Na
delegacia, Débora Ruth e Sendy Gabrielli esconderam o rosto sob os cabelos
Sendy afirma ser promotora de eventos e Débora disse ser estudante de Direito
da Faculdade Ruy Barbosa — a instituição, no entanto, informa não haver
registros dela como aluna ou ex-aluna.

“Já prendi muito bandidão, mas é a primeira
vez que vejo uma coisa dessas. A delegacia parou depois que elas chegaram.
Achávamos que elas não participavam ativamente de assaltos, mas duas vítimas já
as reconheceram como autoras de roubos”, disse o chefe do Serviço de
Inteligência (SI) da unidade, Getúlio Barbosa Nery: “Foram mais de cem
ligações”. As denúncias colocam as duas jovens como suspeitas de diversos
crimes: roubo de veículos na região de Brotas, onde as duas moram, saidinhas
bancárias, assaltos a turistas na Ilha de Itaparica, além de transporte de
armas e drogas para traficantes da região apontados como Papa, Tio Chico e
outro traficante do Buraco da Jia, no Acude de Brotas. Elas também são acusadas
de atrair clientes para programa sexual com o objetivo de roubá-los. Até agora,
as duas jovens foram autuadas em flagrante por receptação e adulteração de
sinal identificador de veículo (placa) e estão detidas na Delegacia de
Repressão a Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca). Segundo a
polícia, elas foram abordadas na blitz e, no carro, havia um cachimbo e pequena
quantidade de maconha.
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