Igreja estima que 20 mil argentinos virão ao Brasil para ver o Papa

O Papa Francisco segura um pombo antes da sua audiência geral de quarta-feira na Praça de São Pedro, no Vaticano

Cerca de 20 mil argentinos devem viajar em julho para o Brasil para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e ver seu compatriota, o Papa Francisco, que fará sua primeira viagem ao exterior desde sua eleição em 13 de março. Sob o lema "Somos a Diocese do Papa, a Igreja de Francisco", os jovens da capital argentina, cidade natal do ex-cardeal Jorge Bergoglio e agora pontífice, peregrinarão ao Rio de Janeiro para não perder o encontro que acontecerá entre os dias 23 e 28 de julho. A escolha de Francisco para o trono de Pedro despertou um grande fervor religioso em um país em que 75% da população se diz católica, segundo a Igreja, principalmente nos bairros pobres que o ex-arcebispo de Buenos Aires visitava com frequência. Os argentinos já têm em suas listas 11.871 jovens entre 14 e 35 anos, além de freiras e padres. Haverá cerca de 700 voluntários de várias dioceses do país e dezenas de bispos, de acordo com a Agência de Notícias Católica Argentina (AICA). O Papa voltou a falar de sua "pátria amada" em uma carta enviada à presidente Cristina Kirchner, em ocasião da celebração da Independência argentina, em 25 de maio. Esta é a segunda vez que a conferência é realizada na América Latina, 26 anos depois da de Buenos Aires, presidida pelo então Papa João Paulo II. A expectativa é de que os argentinos sejam os estrangeiros em maior número presentes no Brasil para o evento.