A onda de protestos iniciada no País em junho alcançará o papa Francisco em sua estada no Rio de Janeiro. Pelo menos duas manifestações estão confirmadas para a próxima semana no Rio, durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Os atos ocorrerão em Copacabana, nos dias 26 e 27.
O tradicional papamóvel branco e o jipe verde foram trazidos por um avião Hércules C-130 da Força Aérea Brasileira
Na noite de ontem, houve uma plenária do Fórum de Lutas, coletivo que reúne representantes de diferentes movimentos sociais, para decidir sobre possível apoio a essas manifestações e discutir sobre novos atos.
O protesto do dia 26 foi batizado como "Papa, veja como somos tratados". Os organizadores dizem que o ato não é contra a vinda do pontífice ou a Igreja Católica, mas contra a corrupção e pela melhoria dos serviços públicos.
A partir das 18 horas, o papa estará no palco montado a um quilômetro da concentração da manifestação para acompanhar a Via Sacra, evento da JMJ na qual 300 pessoas encenarão o trajeto percorrido por Jesus.
No sábado,27, a Marcha das Vadias também organizará um ato a partir das 14 horas.
Os manifestantes voltam às proximidades da casa do governador Sérgio Cabral hoje. O protesto será contra os gastos com a Copa, as irregularidades no uso do helicóptero pelo governador e a militarização da PM.
Os dois veículos para o transporte do pontífice chegaram à Base Aérea do Galeão ontem em um avião da FAB.
Custos - O custo estimado do evento é de mais de R$ 300 milhões. Ao todo, o poder público (federal, estadual e municipal) gastará R$ 118 milhões durante a passagem do papa pelo País. O arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, avaliou que seria "impensável" promover o encontro sem apoio governamental.
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