sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Feliciano diz que queda de popularidade de Dilma é obra divina

Ao final da pregação, Feliciano fez algumas piadas sobre sua sogra, uma mulher de Deus Foto: Daniel Favero / Terra
Ao final da pregação, Feliciano fez algumas piadas sobre sua sogra, uma mulher de Deus

Durante um culto religioso de inauguração de uma igreja em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, o pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) afirmou que as igrejas têm se aproximados dos homossexuais para evitar que sejam apedrejadas, atribuiu a queda de popularidade da presidente Dilma Rousseff a uma obra divina por conta das injustiças sofridas por ele quando foi alvo de protestos na Câmara e chamou os colegas da bancada evangélica em Brasília de covardes. Feliciano chegou ao local  como a atração principal do culto de inauguração da igreja, “é aqui que o pastor Feliciano vai pregar?”, perguntavam os fieis que chegaram ao local ainda sem identificação.  O evento teve shows musicais bem ecléticos com rock progressivo, sertanejo e música romântica, intercalada com os pastores locais pedindo o dizimo em ao menos duas oportunidades, e falando da presença de vereadores pastores, vice-prefeitos e assessores do governador do Rio Grande do Sul. Com a ajuda de um fundo musical tocado por um de seus assessores, Paulo Marinho, Feliciano falou por quase duas horas e passeou por uma gama diversas de temas, mas quase sempre voltando as criticas aos homossexuais, como quando falou sobre a atitude de uma líder religiosa que  convidou os gays para se aproximarem da igreja, porque os evangélicos poderiam aprender com eles. Ao falar sobre os protestos dos quais foi alvo, quando assumiu a presidente da Comissão de Diretos Humanos da Câmara, ele afirmou que uma espécie de plano divino fez com que a presidente perdesse a popularidade. Ele disse que no período em que foi perseguido por ativistas, perdeu sua vida, e não contou com o apoio nem da bancada evangélica, a quem ele classificou como covardes, por se omitirem de lutas de interesse do movimento evangélico como o kit gay ou a adoção de crianças por casais homossexuais. Ao final da pregação, Feliciano fez algumas piadas sobre sua sogra, “uma mulher de Deus”, elogiou ao se redimir da brincadeira, para logo em seguida anunciar dois DVDs, um livro, um CD e uma camiseta com os dizeres “Marco Feliciano me representa”, vendidos na saída do culta por R$ 10, cada.

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