quinta-feira, 26 de setembro de 2013

BARRAGEM SECA - Acopiara corre risco de ficar sem água

A previsão de conclusão das obras da adutora é de 60 dias. Dois quilômetros de cano são instalados por dia pelos operários

Acopiara - Esta cidade corre o risco de colapso no sistema local de abastecimento de água. A barragem responsável pelo fornecimento de água está praticamente seca e os operários trabalham na implantação de duas adutoras emergenciais para solucionar o problema. Desde o mês passado que a população enfrenta racionamento e em alguns bairros moradores ficam sem água nas torneiras por mais de três dias.
A Barragem Tibúrcio Soares, responsável pelo abastecimento da cidade, está com volume muito reduzido, menos de 3%, e até o fim deste mês vai secar totalmente. A primeira alternativa foi a transferência de água do Açude Raimundo Morais, localizado no sítio Cambitos, diretamente para a Estação de Tratamento de Água (ETA) da Cagece.
Já existe uma tubulação implantada e os operários trabalham em pequenos ajustes. O Açude Raimundo Morais já foi utilizado de forma emergencial em outros períodos de seca, quando houve risco de desabastecimento da área urbana.
O reservatório particular, entretanto, tem volume limitado e somente dará para atender a demanda até os próximos 60 dias. Para atender a necessidade da área urbana, o governo do Estado autorizou a implantação de uma segunda adutora emergencial que vai assegurar o abastecimento dos moradores, a partir do Açude Trussu, localizado no distrito de Suassurana, zona rural do município de Iguatu, distante 25km de Acopiara.
Os serviços começaram na sexta-feira passada e os operários trabalham contra o tempo. O início das obras foi anunciado pelo prefeito Vilmar Félix. "O governador mostrou-se sensível à situação crítica que o município enfrenta e havia o risco de toda a população da cidade ficar sem água a partir de novembro próximo", frisou. Após a notícia, a euforia tomou conta da cidade. A tubulação é transportada por caminhões de Fortaleza para Acopiara e foi doada pelo governo do Estado. O trabalho envolve duas frentes de serviço. Uma faz a instalação dos canos, de fácil encaixe, segundo uma tecnologia usada na Guerra do Iraque por tropas do exército dos Estados Unidos. A rede de dutos será superficial. Outro grupo de operários vai começar o trabalho de construção de uma estação elevatória próxima ao Açude Trussu.

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