
A Corregedoria da Polícia Militar do Distrito Federal investiga seis membros da corporação por suposto crime militar relacionado ao desaparecimento de um homem de 32 anos, em Planaltina. Ele foi levado pelos policiais à delegacia e, depois disso, nunca mais foi visto. A instauração do inquérito – que corre em sigilo – só ocorreu 90 dias depois de a família registrar o desaparecimento. A investigação indica que duas guarnições da PM abordaram Antônio de Araújo na madrugada do dia 27 de maio, em uma chácara do Núcleo Rural Córrego do Atoleiro, em Planaltina, por causa de uma suspeita de furto. De acordo com a Polícia Civil e com a família do desaparecido, a chácara pertence a um policial militar. Conforme o documento da Corregedoria, os policiais militares – dois sargentos e quatro cabos – levaram o homem para a delegacia de polícia, onde foi realizada a verificação de antecedentes criminais de Araújo. Sem nenhum crime ou investigação em aberto, ele foi liberado e desapareceu, indica o inquérito da PM.
Para a família, que registrou ocorrência de desaparecimento no dia 27 de maio, Antônio de Araújo (foto ao lado), foi assassinado. A Polícia Civil investiga o caso por meio da Divisão de Repressão a Sequestro (DRS), após registro de ocorrência na delegacia de polícia. A principal hipótese é de abandono do lar. Apesar de não ter tido "comportamento de ladrão", Araújo era uma pessoa "desorientada" por causa do alcoolismo. A família confirma o quadro de alcoolismo, mas nega que Araújo tivesse motivos para desaparecer. A última vez foi no dia 25 de maio, antes de ele desaparecer, mas era um cara tranquilo. Não tinha envolvimento com outras drogas nem problemas com a família ou outras pessoas. No dia 23 de agosto, cerca de 20 parentes de Araújo caminharam 13 quilômetros da Granja do Torto até o Tribunal de Justiça do DF para pedir esclarecimentos sobre o desaparecimento dele.
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