O novo Secretário de Segurança do Ceará, Servilho Paiva, começou mal a sua administração, ao transferir, três delegados de Polícia Civil, Marco Antonio, Levi Leal e Luiz Tenório Brito, de Juazeiro do Norte. Na cidade e nas redes sociais não se fala em outra coisa, a não ser na mudança dos delegados. Sendo verdade ou não, o que se propala nos quatro cantos da região do Cariri é que a troca dos delegados se deu diante do "escândalo das vassouras", que envolve o presidente da Câmara Municipal de Juazeiro do Norte, Antonio de Lunga e o tesoureiro Ronnas Motos. O trio de delegados agiu duramente para desmascarar a farsa da compra exagerada de material de limpeza, que virou assunto na imprensa de todo Brasil. A compra anormal das vassouras, do sabão, do açúcar e outros materiais na Câmara Municipal, cuja quantidade daria para chegar ao ano 2027, vinha sendo apurado em inquérito policial pelos três delegados transferidos. Talvez por desconhecimento do novo secretário ou quem sabe, por "pedido" de alguém forte junto a cúpula do governo, os delegados deixam o caso no momento em que a população acreditava numa punição severa aos culpados. No departamento de Policia do Interior (DPI) a informação é que a mudança é para "oxigenar" a segurança pública no interior. A mudança dos delegados chega num momento crítico e coloca a Polícia Civil num descrédito maior ainda. Sempre que aparece um caso polêmico a ser investigado na Policia Civil de Juazeiro do Norte, surge, como num passe de mágica, a troca de delegados. Isso acontece sempre quando o assunto envolve pessoas "importantes" e finda sobrando para os delegados. Foi assim no caso das mortes das mulheres, no caso de "Lunga", irmão do presidente afastado, "Antonio de Lunga", no caso "Gilvan Luis", no caso "Amarílio e Dedé" e por ai vai. As esperanças agora estão na justiça, mas, para isso, depende sim de um inquérito policial bem feito.

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