
Os restos mortais do ex-presidente da República João Goulart serão exumados nesta quarta-feira, em São Borja. Os exames fazem parte dos esforços da Comissão Nacional da Verdade (CNV) para determinar se Jango foi ou não assassinado durante a
ditadura militar.Segundo o governo do Rio Grande do Sul, a Casa Militar do Estado organizou um esquema de segurança para que familiares, autoridades e cidadãos acompanhem o procedimento. Porém, apenas os peritos terão acesso ao jazigo no cemitério Jardim da Paz. O governador Tarso Genro e a ministra da Secretaria de Direitos Humanos (SDH), Maria do Rosário, acompanharão a exumação.Depois do procedimento, o corpo de Jango será levado a Santa Maria, de onde sairá na quinta-feira rumo a Brasília, com honras de chefe de Estado. No dia 5 de dezembro, o corpo de Jango voltará ao Rio Grande do Sul, onde será recebido no Palácio Piratini pelo governador Tarso Genro. No dia seguinte, data que marca os 37 anos da morte do ex-presidente, será levado de volta a São Borja.A exumação servirá para apurar a suspeita de que Jango tenha sido morto por envenenamento, durante exílio na Argentina em 1976, o que contraria a versão oficial de que ele foi vítima de um ataque cardíaco. Christopher Goulart, neto e advogado da família, diz que não há dúvidas de que o avô foi assassinado durante a ditadura. A exumação do corpo de um ex-presidente é um fato inédito no Brasil.
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