quinta-feira, 17 de abril de 2014

SP vai investigar apologia à tortura contra suspeitos em redes sociais

Reprodução de imagem do vídeo que circulou nas redes sociais. (Foto: Reprodução/Facebook)

O secretário da Segurança Pública, Fernando Grella, disse nesta quarta-feira (16) que a Polícia Civil vai investigar o uso de redes sociais para a prática de apologia ao crime. A declaração ocorre após o vazamento de um vídeo que mostra suspeitos agonizando após uma troca de tiros com policiais. A Corregedoria da Polícia Militar (PM) investiga se policiais fizeram a gravação. As imagens foram divulgadas na página do Facebook "Polícia do Estado de São Paulo", que não é a oficial da corporação. A filmagem foi retirada do ar, mas nesta quarta-feira (16) fotos da operação ainda eram divulgadas no perfil. O vídeo que circula na rede social mostra três vítimas no chão após um tiroteio ocorrido na sequência de um assalto no bairro Itaim Paulista, Zona Leste da capital, no dia 8. Um dos baleados teria morrido no confronto. "Vai ficar famoso, ladrão, morrendo aqui", afirma um homem que está próximo dos baleados enquanto ele agoniza. "Vai demorar aí para morrer?", pergunta outro homem. No início da gravação, é possível ver um calçado que se assemelha a um coturno e uma calça cinza, que poderia ser do uniforme de um integrante da corporação.

Página investigada - O perfil, o conteúdo e os administradores da página "Polícia do Estado de São Paulo" já são investigados pela Polícia Militar. Nesse perfil, são comuns elogios às ações violentas da PM e críticas à defesa dos direitos humanos. A corporação informou que policiais, como qualquer cidadão, podem postar o que quiserem nas redes sociais, mas podem ser responsabilizados "nos campos civil, criminal e administrativo em caso de postagens que ofendam pessoas e instituições, que sejam contrárias à lei ou atentatórias à dignidade humana". Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado reiterou que a Polícia Militar não compactua com o desvio de conduta de seus integrantes.

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