terça-feira, 3 de junho de 2014

TRADIÇÃO NO SERTÃO - Pinga de raiz de maconha some dos bares em PE

Comerciantes afirmam que não há ilegalidade na venda da raizada de maconha (Foto: Carol Souza /G1)
Comerciantes afirmam que não há ilegalidade na venda da raizada de maconha

A garrafada feita com a raiz da maconha é vendida informalmente em cidades da Bahia e do Sertão de Pernambuco. No município de Cabrobó-PE, o valor de uma garrafa feita com a raiz da cannabis sativa, custa de R$ 20 a R$ 25.
Comunidade no Facebook da Pituconha (Foto: Reprodução / Facebook)
Comunidade no Facebook da Pituconha
A bebida ganhou notoriedade através das redes sociais, inclusive com uma fanpage intitulada 'Pitúconha'. O nome surgiu de uma brincadeira de um grupo de amigos da cidade pernambucana, que criou um rótulo fazendo uma junção da marca da cachaça industrial Pitú com a maconha. Em nota, a empresa que fabrica a cachaça Pitú declarou que vai acionar a justiça pelo uso indevido da marca. Pelos bares de Cabrobó encontrar a raizada não é uma missão tão simples. Quem consome não assume, e quem vende afirma que consegue a raiz de maneira lícita, sem qualquer associação ao tráfico. Os próprios comerciantes contam que durante as erradicações das roças de maconha, realizadas em operações feitas pela polícia, a planta não é arrancada pela raiz. Depois de ser derrubada com facões a plantação é incinerada, mas a raiz geralmente permanece no solo. Elas são colhidas pelas pessoas que fabricam a raizada artesanalmente.
Raiz de maconha é a matéria-prima da bebida comercializada no Sertão de Pernambuco  (Foto: Carol Souza /G1)
A planta tem com princípio ativo o tetrahidrocanabinol (THC), substância que a depender da quantidade absorvida pelo organismo, pode causar euforia, sonolência, risos espontâneos, perda temporária de noção do tempo e espaço, de coordenação motora e equilíbrio, aceleramento dos batimentos cardíacos e fome. Mas não se pode afirmar que estes mesmos efeitos aconteçam com a ingestão da garrafada de maconha, já que até agora, não existe nenhum estudo científico sobre o caso. O uso, o cultivo da planta e a comercialização dos seus substratos são proibidos segundo o artigo 2º, da lei 11.343 do ano de 2006. Fazer raizadas e comercializar bebidas com maconha, é crime. “A raiz faz parte da planta. Se é maconha, é crime e a pena varia de 5 a 15 anos de reclusão”.

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