Presas da penitenciária feminina Ana Maria do Couto May, em Cuiabá, estariam sendo obrigadas a ficar nuas diante de guardas homens, e algumas tiveram a sua genitália fotografada pelos agentes, de acordo com denúncia da Pastoral Carcerária. Segundo a entidade, algumas também tiveram bíblias e roupas confiscadas na prisão. "A denúncia que as presas nos passaram foi de que após tumultos ou brigas, guardas homens entram na unidade e obrigam as presas a ficarem nuas. Neste momento alguns teriam fotografado", afirmou o padre Zeca, assistente eclesiástico da Pastoral Carcerária em Cuiabá. A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Estado, afirmou que "se houve algum caso específico [de abusos contra as presas] será apurado com rigor e os responsáveis punidos". No entanto, a denúncia causa "estranheza, já que não tem contingente de homens do lado de dentro da unidade, lá dentro só tem agentes mulheres, e que todas as revistas são feitas com base no procedimento de operação padrão, aprovado pelo Conselho Nacional de Justiça ". A pastoral também informou que após a morte de uma presa que teve o corpo carbonizado dentro da unidade, em maio deste ano, os trabalhos da entidade, realizados duas vezes por semana, têm sido "impedidos ou dificultados sistematicamente". A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos informou que esta denúncia "não procede" e que "as autoridades trabalham junto com diversas entidades, todas com acesso ao presídio".
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