
A identificação de gastos acima da média em casas
noturnas ajudaram a investigação policial responsável por desarticular uma quadrilha
que ostentava dinheiro na internet e desafiava a polícia no Rio Grande do Sul.
Segundo o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), em apenas
uma "balada", o grupo costumava gastar cerca de R$ 20 mil. Na última
segunda-feira (4), o suspeito de liderar da quadrilha suspeita de mais de 200
assaltos em Porto Alegre foi preso em um apartamento em Florianópolis (SC). O
homem de de 32 anos, era um dos integrantes que mais deixava dinheiro em
festas, de acordo com o Deic. "Ele costumava gastar de R$ 5 mil a R$ 10
mil. Mas eram R$ 20 mil por festa para o grupo todo. Por mês, dava mais de R$
100 mil na noite, tranquilamente".

Membros de quadrilha exibem dinheiro do crime em
casa de funk
Conforme a polícia, o homem aproveitava a renda
obtida nos mais de 300 assaltos dos quais ele é suspeito ao lado da namorada,
uma policial militar, que está presa em um quartel da Brigada Militar. Com pelo
menos cinco meses de relacionamento junto ao suspeito e mais de cinco anos na
corporação, era ela quem dava informações privilegiadas ao grupo para que os
crimes fossem consumados e carros roubados fossem vendidos no mercado negro.

Em foto postada nas redes sociais, criminoso queima
dinheiro
A Operação Ostentação - Deflagrada na semana passada em Porto Alegre, a
“Operação Ostentação” cumpriu 53 mandados de busca e 22 prisões. A investida da
polícia recebeu esse nome por causa da ousadia dos criminosos. Nas redes
sociais, eles exibiam o dinheiro obtido com atividades ilícitas, armas e até
desafiavam as autoridades. De acordo com a polícia, a especialidade do bando
era roubo de carros. Além de carros, os bandidos também assaltavam casas, lojas
e até um banco, de onde foram levados cerca de R$ 280 mil. Tudo que conseguiam
levar ia parar nas redes sociais. Os criminosos faziam questão de postar fotos
mostrando o fruto dos roubos: joias, armas, relógios de ouro e muito dinheiro. Um deles aparece até botando fogo em várias notas
de R$ 100. Nem o gato de um dos bandidos escapou, com um cordão de ouro e
deitado numa cama de notas de dólares. A ousadia era tanta que um deles aparece
vestindo uma camisa da polícia com o comentário: “Eu sou a lei”.

Foto de gato com corrente de ouro e deitado sobre
notas de dólares
Com a prisão do líder da quadrilha, outros sete
suspeitos que aparecem nas fotos continuam soltos ou foragidos. Um deles, de 17
anos, teve o pedido de apreensão negado pelo Juizado da Infância e é
considerado o mais violento do grupo. Na manhã em que seus comparsas iam
presos, ele debochou nas redes sociais, rindo.
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