Mesmo havendo baixo
risco de ser agredido, criminoso ficará por cerca de dez dias numa área da
penitenciária chamada 'inclusão'
Depois de ficar foragido da
Justiça por três anos e sete meses, ou 1.321 dias, o ex-médico Roger
Abdelmassih, 70, passou sua primeira noite de volta à penitenciária cercado por
seis policiais civis. Desta vez, porém, nenhum deles o perseguia ou queria
vigiá-lo. São companheiros de cela - policiais civis acusados de cometer
crimes. Essa é uma característica da penitenciária de Tremembé (no interior de
SP) onde Abdelmassih ficará preso. Além de presos famosos, a maioria da
população carcerária lá é formada por policiais ou filhos de autoridades
ligadas às forças de segurança. Até por isso não há controle de facções
criminosas nem rebeliões ou tentativas de fugas. Em tese, ele está na prisão em
que corre menos risco de ser hostilizado por outros presos, mesmo sendo acusado
de estupro.
Risco de morte - No sistema
prisional, presos acusados de crimes sexuais costumam correr riscos de morte.
Mesmo havendo baixo risco de ser agredido, Adelmassih ficará por cerca de dez
dias numa área chamada inclusão. É uma praxe. Serve para adaptação do preso e
para ele descobrir se na prisão há algum inimigo mortal. Ao final desse
período, passará ao convívio dos outros presos onde terá à disposição uma
biblioteca com quase 7.000 exemplares, aulas de música e até tomar banho quente
(raridade nas prisões).
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