
O Ministério Público Federal no
Ceará (MPF-CE) denunciou 34 pessoas por envolvimento em esquema de fraudes em
licitações em pelo menos sete prefeituras do interior do Estado. Segundo
investigação do órgão, grupo direcionava os processos, combinando previamente
quem venceria a concorrência através de um “kit licitação”. Ação provocou rombo
de R$ 12 milhões aos cofres públicos. De acordo com relatório do MPF, conjunto
de sete empresas "revezaram" certames irregulares nos municípios de
Aracati, Beberibe, CARIÚS, Fortim, Itaitinga, Pacujá e Quixeré. As licitações
eram sempre disputadas ou vencidas pelas empresas Goiana, Diego, Cubo, Cateto,
J&A, Etap e Cousinos. Detalhes do esquema foram revelados em documentos
apreendidos na chamada Operação Gárgula, deflagrada pela Polícia Federal. As empresas eram comandadas por laranjas, com
a execução real de algumas obras ficando por conta de pequenos empreiteiros,
mestres de obra e pedreiros dos próprios municípios. Além da condenação dos
réus por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e desvio de verbas, o MPF
requer a dissolução compulsória das empresas envolvidas no esquema, além do
pagamento de multa em R$ 12 milhões. Outros inquéritos ainda serão instaurados
para apurar a atuação de servidores de prefeituras onde ocorreram os desvios,
podendo ocorrer posteriores denúncias pelos crimes de fraude às licitações,
desvio de verbas e lavagem de dinheiro em relação a outros réus que serão
identificados durante a investigação policial.
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