
O chefe do tráfico de drogas do
Conjunto de Favelas do Alemão, Subúrbio do Rio, Edson Silva de Souza, conhecido
como “Orelha” e preso na quinta-feira (18), não tinha passagem pela polícia, de
acordo com investigações mostradas no Fantástico deste domingo (21). Ele é um
dos 38 denunciados após operação da Polícia Civil e Secretaria de Segurança com
apoio do Ministério Público que têm a “ficha limpa”. Apenas 10, dos 48 acusados
por tráfico de drogas, possuíam registro contra eles na delegacia. Na operação,
27 foram presos. De acordo com gravações feitas pela Polícia Civil, a quadrilha
foi responsável por incêndios a ônibus, ataques a prédios públicos e emboscadas
contra policiais. Entre eles, o comandante da UPP Nova Brasília, no Conjunto de
Favelas do Alemão, Uanderson Manoel da Silva, morto na quinta-feira (11). A
polícia descobriu um esquema de monitoramento de policiais pelos traficantes.
Observadores do tráfico ficavam escondidos em casas próximas à base da UPP
passando informações sobre os PMs aos líderes. Segundo a polícia, os chefes do
tráfico recorriam a pessoas comuns para obter informações da UPP. O gerente do
tráfico, Igor Lopes da Silva, era quem orientava os ataques aos agentes. “Deixa
vir descendo e arrebenta. Dá consciente. Cada um, um pente. E sai saindo,
entendeu?”, disse ele, em uma escuta gravada em fevereiro de 2014.
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