segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Chefe do tráfico no Alemão não tinha antecedente criminal

O chefe do tráfico de drogas do Conjunto de Favelas do Alemão, Subúrbio do Rio, Edson Silva de Souza, conhecido como “Orelha” e preso na quinta-feira (18), não tinha passagem pela polícia, de acordo com investigações mostradas no Fantástico deste domingo (21). Ele é um dos 38 denunciados após operação da Polícia Civil e Secretaria de Segurança com apoio do Ministério Público que têm a “ficha limpa”. Apenas 10, dos 48 acusados por tráfico de drogas, possuíam registro contra eles na delegacia. Na operação, 27 foram presos. De acordo com gravações feitas pela Polícia Civil, a quadrilha foi responsável por incêndios a ônibus, ataques a prédios públicos e emboscadas contra policiais. Entre eles, o comandante da UPP Nova Brasília, no Conjunto de Favelas do Alemão, Uanderson Manoel da Silva, morto na quinta-feira (11). A polícia descobriu um esquema de monitoramento de policiais pelos traficantes. Observadores do tráfico ficavam escondidos em casas próximas à base da UPP passando informações sobre os PMs aos líderes. Segundo a polícia, os chefes do tráfico recorriam a pessoas comuns para obter informações da UPP. O gerente do tráfico, Igor Lopes da Silva, era quem orientava os ataques aos agentes. “Deixa vir descendo e arrebenta. Dá consciente. Cada um, um pente. E sai saindo, entendeu?”, disse ele, em uma escuta gravada em fevereiro de 2014.

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