
Oito dias após simbolizar os atos
ofensivos de torcedores do Grêmio contra o goleiro Aranha, do Santos, Patrícia
Moreira se pronunciou sobre o caso em uma entrevista coletiva em Porto Alegre.
Nesta sexta-feira, em meio a lágrimas, a jovem de 23 anos afirmou que não se
considera racista e pediu desculpas pela participação no caso. "Boa tarde.
Eu queria muito pedir desculpas ao goleiro Aranha. Desculpas mesmo",
afirmou. "Perdão, de coração. Eu não sou racista. Perdão, perdão",
acrescentou a jovem gaúcha. No depoimento desta sexta-feira, Patrícia Moreira
também se dirigiu ao Grêmio e seus torcedores, pedindo desculpas por expor o
clube no episódio. "Peço desculpas ao Grêmio, à nação gremista. Eu não
queria prejudicar", prosseguiu a torcedora, em seu depoimento. "A
palavra de macaco não foi racismo, foi no calor do jogo, estávamos perdendo. Eu
largava tudo para ir no jogo do Grêmio, é a minha paixão", emendou. Na
última quinta-feira, Patrícia prestou depoimento à 4ª Delegacia da Polícia
Civil e confirmou que chamou o goleiro do Santos de "macaco". No
entanto, a jovem argumentou que apenas foi no embalo de outros torcedores do
Grêmio que acompanhavam a partida no mesmo setor. Segundo o comissário Lindomar
Souza, Patrícia afirmou que existem hinos e cantos da torcida gremista que usam
o mesmo termo. As ofensas racistas ao goleiro Aranha foram registradas no
último dia 28 de agosto, durante a vitória do Santos por 2 a 0 sobre o Grêmio
em Porto Alegre, pela Copa do Brasil. Em campo, o atleta chegou a alertar a
arbitragem de Wilson Pereira Sampaio, mas que não tomou providências imediatas.
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