
O coronel Alexandre
Fontenelle Ribeiro (ao centro), o terceiro homem na hierarquia da Polícia
Militar, é uma das 20 pessoas que foram presas
A quadrilha liderada por
policiais militares do alto escalão do Batalhão de Bangu (14º BPM), bairro da
zona oeste do Rio de Janeiro, é acusada de cobrar propina "até para uma
simples entrega de geladeira", afirmou nesta segunda-feira (15) o promotor
do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) Cláudio
Calo. 22 PMs foram presos por envolvimento com o grupo criminoso. O
ex-comandante do batalhão e atual chefe do COE (Comando de Operações Especiais)
Alexandre Fontenelle Ribeiro, terceiro homem na hierarquia da corporação, é
acusado de ser o líder do grupo. De acordo com a investigação, os policiais
cobravam taxas para facilitar ou não reprimir diversos tipos de serviço, sendo
a maioria associada ao transporte de passageiros e de carga. Para liberar um
mototaxista sem carteira de habilitação, por exemplo, os PMs exigiam pequenas
quantias. Já para liberar entregas de eletrodomésticos, móveis, entre outros
produtos, a propina podia chegar até a R$ 2.000. Durante a operação, os agentes
apreenderam quantias de R$ 267 mil e R$ 33 mil, respectivamente, nas
residências de dois dos policiais presos. Duas pessoas são consideradas
foragidas. Os denunciados responderão pelos crimes de formação de quadrilha
armada e concussão.
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