terça-feira, 9 de setembro de 2014

Sete mulheres do DF tiveram nomes e telefones incluídos em falsa lista de prostituição

A estudante recebia diversas mensagens diárias perguntando sobre programas sexuais

Sete mulheres do Distrito Federal tiveram os nomes e números de telefone incluídos em uma falsa lista de garotas de programa. A relação com números celulares de vários estados brasileiros circula em redes sociais desde a semana passada. Uma estudante, que mora em Sobradinho e não quis se identificar, descobriu que seu número estava na lista na quarta-feira passada (3), quando passou a receber diversas mensagens pelo whatssap, perguntando sobre preços e dinâmica de programas sexuais. Ela chegou a receber 500 mensagens deste tipo e inúmeras ligações. Em uma delas, a pessoa informou que encontrou o seu número em uma lista de prostituição. No dia seguinte, na quinta-feira (4), a estudante procurou a DEAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) para registrar ocorrência, mas não conseguiu.  Assustada com as mensagens e ligações, a estudante conta que se sentiu constrangida e foi obrigada a excluir o aplicativo de uma rede social depois das diversas mensagens recebidas.  — É horrível, eu tive que excluir minha conta porque eram muitas mensagens e até hoje eu recebo ligações. A lista inclui números de vários estados brasileiros, como São Paulo, Minas Gerais e Maranhão. Em alguns casos, ao lado dos nomes das meninas, há descrições de características físicas, práticas sexuais e a separação por categoria de “normal’ a “luxo”, divididas por preços de supostos programas. A primeira vítima a registrar boletim de ocorrência em relação ao caso foi uma mulher de 21 anos, que descobriu que seu número de celular foi indevidamente identificado como sendo de uma garota de programa e registrou o Boletim de Ocorrência na 21ª DP de Taguatinga Sul. Ela informou que recebia mensagens e ligações de todos os estados e as interlocutores procuravam por profissionais do sexo.  Segundo a Polícia Civil, o caso está sob apuração da Seção de Investigação da unidade policial. A polícia solicita que outras mulheres que tiveram os nomes incluídos na lista procurem a delegacia mais próxima de casa para registro de ocorrência e que não deletem as mensagens e, se possível, imprimam para que sejam anexadas aos documentos de investigação.  

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