A estudante recebia diversas
mensagens diárias perguntando sobre programas sexuais
Sete mulheres do Distrito Federal
tiveram os nomes e números de telefone incluídos em uma falsa lista de garotas
de programa. A relação com números celulares de vários estados brasileiros
circula em redes sociais desde a semana passada. Uma estudante, que mora em
Sobradinho e não quis se identificar, descobriu que seu número estava na lista
na quarta-feira passada (3), quando passou a receber diversas mensagens pelo
whatssap, perguntando sobre preços e dinâmica de programas sexuais. Ela chegou
a receber 500 mensagens deste tipo e inúmeras ligações. Em uma delas, a pessoa
informou que encontrou o seu número em uma lista de prostituição. No dia
seguinte, na quinta-feira (4), a estudante procurou a DEAM (Delegacia de
Atendimento à Mulher) para registrar ocorrência, mas não conseguiu. Assustada com as mensagens e ligações, a
estudante conta que se sentiu constrangida e foi obrigada a excluir o
aplicativo de uma rede social depois das diversas mensagens recebidas. — É horrível, eu tive que excluir minha conta
porque eram muitas mensagens e até hoje eu recebo ligações. A lista inclui números de vários
estados brasileiros, como São Paulo, Minas Gerais e Maranhão. Em alguns casos,
ao lado dos nomes das meninas, há descrições de características físicas,
práticas sexuais e a separação por categoria de “normal’ a “luxo”, divididas
por preços de supostos programas. A primeira vítima a registrar boletim de
ocorrência em relação ao caso foi uma mulher de 21 anos, que descobriu que seu
número de celular foi indevidamente identificado como sendo de uma garota de
programa e registrou o Boletim de Ocorrência na 21ª DP de Taguatinga Sul. Ela
informou que recebia mensagens e ligações de todos os estados e as
interlocutores procuravam por profissionais do sexo. Segundo a Polícia Civil, o caso está sob
apuração da Seção de Investigação da unidade policial. A polícia solicita que
outras mulheres que tiveram os nomes incluídos na lista procurem a delegacia
mais próxima de casa para registro de ocorrência e que não deletem as mensagens
e, se possível, imprimam para que sejam anexadas aos documentos de
investigação.
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