
PM Emily no dia da
simulação (esquerda) e no exercício da função
A cabo da Polícia Militar Emily
Monteiro, de 25 anos, diz que se sentiu famosa após participar da simulação feita
pela corporação na manhã da última quarta-feira (15) na Praça da Bandeira, no
Centro de Macapá. Na encenação, a militar foi assassinada pelo marido, que
depois matou o suposto amante da mulher e em seguida se matou. O episódio
assustou a população que passava pelo local. As mortes fictícias chegaram a ser
veiculadas como verdadeiras por alguns órgãos de imprensa.

Trio de policiais que
participou da simulação no Centro de Macapá
"Algumas pessoas que se
desesperaram e começaram a levantar hipóteses sobre o acontecido. Uma mulher,
ao me ver jogada no chão, preferiu elogiar o meu sapato do que tentar prestar
socorro. Mas, no fim, a reação das pessoas foi muito positiva. Quando foi
anunciada a simulação fomos aplaudidos e todo mundo queria saber se estávamos
bem. Eu me senti famosa porque depois do ocorrido muita gente quis tirar foto
comigo", comemorou Emily.

Polícia Militar simulou
morte de casal a tiros no Centro da capital
O trabalho de encenação fez parte
de uma atividade do Curso de Formação de Cabos da PM para a disciplina
valorização da prova e preservação do local do crime. Segundo a coordenação do
curso, 45 militares estavam envolvidos na ação que foi planejada em duas
semanas. Emily falou que a turma pensou em tudo, desde a maquiagem para simular
o sangue até a forma em que ocorreriam essas mortes. "Foi a primeira vez
que realizamos uma atividade dessa natureza fora do comando da polícia. O
objetivo era saber de que forma a população e a imprensa iria reagir ao
fato", disse a cabo, que atua como PM há seis anos. Antes da simulação, a
equipe informou ao Centro Integrado de Operações em Defesa Social (Ciodes), que
é responsável em atender às denúncias do 190, sobre o ocorrido. Mesmo assim,
várias viaturas da polícia e do Corpo de Bombeiros chegaram até o local. O
autor dos homicídios na encenação, o cabo Almir Midões, disse que recebeu
instruções práticas e psicológicas para realizar a ação, sem que a população
percebesse que se tratava de ficção.

Homem traído teria
matado mulher, amante e em seguida praticado suicídio
"As reações foram muito
diferentes, desde gente que pedia socorro ou até mesmo de pessoas que disseram
que eu não deveria ter feito isso e outras que me chamaram até de corno",
contou o militar, que atua como PM há 12 anos. O cabo Sandro Figueiredo, que interpretou
o suposto amante da mulher, avaliou o trabalho de forma positiva e disse que o
aprendizado servirá na atuação de futuras diligências. "Somos preparados
para enfrentar diversas situações em toda a cidade. Toda essa preparação foi
para melhorar a qualidade do nosso trabalho", falou o cabo, que está desde
2004 na corporação. O trio de policiais foi aprovado junto com outros 87
militares no curso de formação de cabos no Comando da PM. A turma deverá se
formar em novembro de 2014.

Simulação foi organizada pela
turma de cabos da Polícia Militar do Amapá
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