Com os eventos
naturais cada vez mais extremos, as secas serão mais severas
"Uma seca como essa
aconteceu no Nordeste há 60 anos e, mesmo assim, estamos conseguindo
sobreviver, com dificuldades", admitiu o ministro na Integração Nacional,
Francisco Teixeira, durante a 100ª Reunião do Comitê Integrado de Combate à
Estiagem, realizada no auditório do Corpo de Bombeiros. Sobre a estiagem que
afeta a região Sudeste, Teixeira se disse preocupado. "Se as chuvas não
forem capazes de recarregar o sistema de abastecimento do Sudeste, poderemos
ter a maior tragédia de água no Brasil na região". O secretário de
Desenvolvimento Agrário, Nelson Martins, que preside o Comitê, revela que está
cético em relação ao período de chuvas para 2015. "Somente em dezembro,
teremos uma posição mais concreta sobre o assunto, mas as previsões,
infelizmente, não são boas. Estamos nos preparando para enfrentar o pior
cenário". Apesar do quadro que se desenha, o ministro Francisco Teixeira
garante que a situação é bem mais confortável do que em épocas passadas.
"Todos nós nos lembramos da época em que o sertanejo faminto invadia e
saqueava o comércio das cidades. Apesar de três anos de estiagem e praticamente
entrando no quarto, isso não acontece hoje em dia graças a essa integração
entre os governos federal e estaduais que permite a convivência com a
seca". O titular do Ministério da Integração Nacional ressalta que o
governo vem atuando em três frentes para minimizar os problemas ocasionados
pela estiagem: em ações emergenciais, como a utilização dos carros-pipas; no
atendimento à população, através de vários programas sociais, e com obras
estruturantes, sendo a maior delas a transposição do Rio São Francisco.
Emergência - De acordo com a
Defesa Civil do Estado, já são 176 municípios cearenses que estão em situação
de emergência por seca decretada pelo governo estadual e reconhecida pelo
governo Federal. Ainda não decretaram emergência os municípios de Barbalha,
Juazeiro do Norte, Horizonte, Guaramiranga, Fortaleza, Maracanaú, Eusébio e
Itaitinga. Em termos de reservas por bacias hidrográficas, a média do Ceará é
de 32,30%. A mais baixa é a dos Sertões de Crateús, com apenas 0,98%.
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