Alexandro de Souza
foi atingido duas vezes
A família de um jovem que morreu
durante uma abordagem policial no aglomerado da Bimbarra, no bairro Calafate,
região oeste de Belo Horizonte, questiona a ação dos militares. Alexandro de
Souza, o Leko, de 23 anos, foi atingido por dois disparos do revólver de um dos
PMs e faleceu no local. A polícia alega que, durante uma confusão generalizada,
envolvendo cerca de 50 moradores da vila e policiais, o revólver de um dos
oficiais disparou, acertando Souza. O irmão da vítima Elton Moura não acredita
na versão. — Como que uma arma pode disparar duas vezes? Não foi acidente, isso
é assassinato mesmo. Moura afirma também que tem sido ameaçado por policiais
desde a morte do irmão. O militar envolvido na morte do rapaz foi detido na
sede do Batalhão e teve a arma apreendida. A corregedoria da PM está
investigando o caso.
A confusão - Tudo começou quando
um militar apreendeu um adolescente de 15 anos que foi flagrado com oito pinos
de cocaína. Revoltado, o pai do garoto reuniu outros três moradores e atacou o
policial, dizendo que o rapaz não seria levado. O oficial foi agredido com
chutes e socos, até que o grupo conseguiu libertar o suspeito. Imediatamente, o
PM acionou a guarnição que, ao deslocar para o local, ainda abordou cinco
outros suspeitos que tentavam fugir do aglomerado. Revoltados com a ação
policial, populares começaram a cercar a equipe. Cerca de 50 pessoas passaram a
agredir e hostilizar os policiais, impedindo que eles efetuassem as prisões.
Neste momento Souza foi atingido pelos disparos.
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