quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Acusado de participar da chacina de Felisburgo é preso depois de 10 anos foragido

Cinco integrantes do MST foram mortos por ordem de Adriano Chafik (à esquerda)

Uma fiscalização da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Aracaju, culminou com a prisão do ex-policial civil Calixto Luedy, acusado de participação na morte de cinco trabalhadores sem-terra, num massacre ocorrido em uma fazenda que estava ocupada pelo Movimento Sem Terra (MST), no município de Felisburgo, no Vale do Jequitinhonha. Calixto estava foragido desde novembro de 2004, quando ocorreu a chacina que teve repercussão internacional. O primo de Calixto, o fazendeiro Adriano Chafik Luedy, é o proprietário da Fazenda Nova Alegria e foi apontado como mandante do crime. Ele foi condenado a 115 anos de prisão. Os patrulheiros pararam Calixto quando ele dirigia um Chevrolet Montana, com placas da Bahia, para uma averiguação. Quando fizeram uma consulta do nome do motorista, descobriram que o ex-policial era foragido da Justiça mineira. Ele estava morando em Aracaju, em um condomínio de classe média alta, e agora aguarda preso para ser encaminhado para Minas. Calixto e Adriano organizaram outros 15 pistoleiros e atacaram o acampamento "Terra Prometida", dentro da fazenda, e chegaram atirando em direção das pessoas. O grupo ainda incendiou as 27 casas e a escola dos filhos dos assentados.

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