
Um pedreiro confessou ter matado
a mulher a facadas na frente do filho em Interlagos, na zona sul de São Paulo,
na última sexta-feira (16). Como o suspeito confessou e se apresentou logo após
o assassinato, ele vai responder o crime em liberdade. A auxiliar de limpeza
Maria Dias de Andrade Silva, de 38 anos, e o porteiro Severino Firmino de Lima
cresceram juntos no interior de Pernambuco. Quando ficaram jovens começaram a
namorar e se mudaram para São Paulo depois de casados. Durante os 14 anos de
casamento, Maria era agredida e ameaçada pelo marido. O ciúme dele assustava a
família de Maria, mas ninguém desconfiava de que ele a agredia até ela
engravidar. Desde então, a família dela ficou contra o marido de Maria. As
irmãs insistiam para que ela pedisse a separação, mas Maria não queria criar o
filho sozinha. Maria nunca registrou um boletim de ocorrência contra o marido.
Ela acreditava que estava protegida com as irmãs e sempre se escondia depois
das brigas. Maria esperou o garoto completar 13 anos e pediu a separação. Lima
é porteiro e trabalha de madrugada. Antes de ele ir trabalhar, ela o chamou
para conversar. Ele pensou que ela queria se separar porque tinha outra pessoa
e arquitetou o crime. Segundo a família, o porteiro ainda mandou o filho ir à
casa das tias para avisar que ele havia matado a auxiliar de limpeza. Segundo a
polícia, ele não foi ao quarto onde costumava dormir com a mulher por volta das
6h30. Ele foi à cozinha, pegou uma faca e foi ao quarto do filho, onde Maria
estava dormindo. O garoto acordou com o barulho da porta e foi arremessado pelo
pai ao tentar defender a mãe. Maria foi golpeada e morreu. Cerca de 40 minutos
depois do crime, Severino se apresentou à polícia. Em depoimento, Severino
contou à polícia que matou a mulher porque achava que Maria estava o traindo. O
delegado o prendeu em flagrante e o indiciou por homicídio qualificado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário