Apreendido pela polícia do Rio
após cometer um delito, uma adolescente que, embora registrado como homem, se
apresenta e se veste como mulher, foi encaminhado, por ordem judicial, a um
centro de ressocialização para mulheres. A chegada da jovem, na última
terça-feira, gerou polêmica entre internas e funcionários do Departamento Geral
de Ações Socioeducativas (Degase), órgão do governo estadual responsável pela
unidade.
Para preservar a interna, o Degase não informa nome, idade e delito
cometido. A adolescente foi levado ao Centro de Recursos Integrados de
Atendimento ao Adolescente (Criaad) de Ricardo de Albuquerque, na zona norte, o
que gerou dúvidas quanto ao local de dormir e ao relacionamento com as
internas. Apesar da polêmica, os funcionários reconhecem que, se fosse
internado com homens, a travesti seria submetida a humilhações e correria
riscos. Em nota, o Degase afirma que "há uma equipe capacitada da
Coordenação de Saúde do Novo Degase, com psicólogos e assistentes sociais, que
estão oferecendo o suporte necessário para garantir os direitos da jovem".
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