
Uma menina de dois anos morreu
depois de ser espancada pelo padrasto em Presidente Getúlio, no Alto Vale do
Itajaí, em Santa Catarina. A criança chegou a ficar duas semanas internada no
Hospital Infantil de Joinville, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no
último domingo (22). Conhecidos da família de Julia Santiago Demétrio disseram que
a mãe sabia que a criança era constantemente agredida pelo padrasto. O
espancamento que resultou na morte ocorreu no dia 9 de fevereiro. Depois da
agressão, a criança reclamou de dores pelo corpo para a professora ao chegar à
creche. A docente acionou o Conselho Tutelar. André Vicente, padrasto de Julia,
também foi chamado e disse que ela havia caído. No primeiro momento, ele se
negou a leva-la a um hospital. O Conselho Tutelar havia visitado a família dias
antes de a menina ser espancada. Porém, eles não viram marcas na criança. A mãe
foi orientada e advertida. A menina chegou a ser atendida em quatro hospitais
devido à gravidade do seu estado de saúde. O pai biológico da menina Giovani
Demétrio é procurado pela Justiça por furto e foi a avó quem assumiu a guarda
de Julia após a agressão. Antes de morrer, a menina falou para os médicos que
foi o tio quem a agrediu. A mãe da criança, Rubia Daniele Tiago, confirmou que
era assim que Julia chamava o padrasto. A mãe da menina deve responder na
Justiça por ter omitido a agressão. Já o suspeito foi autuado por tortura
seguida de morte.
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