quinta-feira, 5 de março de 2015

Promotor dá voz de prisão a PM em briga de trânsito em Pouso Alegre

Policial militar recebe voz de prisão de promotor depois de briga de trânsito de Pouso Alegre, MG (Foto: Daniela Ayres/ G1)
Policial militar recebe voz de prisão de promotor depois de briga de trânsito de Pouso Alegre

Um promotor de Justiça deu voz de prisão a uma policial militar nesta quinta-feira (5) no Centro de Pouso Alegre (MG). Segundo testemunhas, a ordem veio depois de uma briga de trânsito entre os dois. A soldado Fátima Luiz teria se negado a tirar seu carro particular que estava parado em frente à garagem do prédio, onde o promotor Ricardo Tadeu Linardi reside. Ele teria pedido para que ela tirasse o veículo para poder acessar o local. O promotor disse que chegou a receber chutes, mas a policial nega. "Foi um ato de agressão, um ato de arbítrio. Está presa em flagrante delito por mim e vai ser conduzida à delegacia de polícia", declarou Linardi. "Ela parou o carro particular dela diante da vaga de garagem para atender um acidente de trânsito. Cessada a emergência, ela não removia o carro dela daqui. Foi arrogante, me desacatou enquanto promotor de Justiça. Por isso foi presa em flagrante delito e, ao ser presa, resistiu e me agrediu com chutes", relatou o promotor, mostrando as pernas. Na versão da soldado Fátima Luiz, a voz de prisão não se justifica. "Quando ele pediu para retirar o carro, eu pedi um momento para colocar um cone e preservar o local do acidente. Ele disse: 'tira daqui, tira daqui que eu sou promotor'. Eu disse: 'Senhor promotor, aguarde que eu vou pegar a chave'. Ele não esperou e fez essa balbúrdia toda. Porém, ele não se preocupou com a vida dessas pessoas". Testemunhas confirmaram que a militar foi atender uma ocorrência de trânsito por volta das 11h30, envolvendo um motociclista e que, para prestar o atendimento, a soldado parou o carro em frente a uma garagem. Testemunhas também disseram que o promotor teria sido desacatado pela policial ao pedir a retirada do veículo, estacionado em local irregular e que, ao receber voz de prisão, ela o teria agredido fisicamente. A soldado, o promotor e testemunhas foram encaminhados para a Delegacia de Polícia de Pouso Alegre.

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