Vítima era trancada
em estabelecimento e trabalhava das 5h às 23h sem folga
Imagens fortes (veja no fim da
reportagem) fazem parte de um processo do Ministério Público do Trabalho que
investiga a máfia do trabalho escravo em pastelarias no Rio de Janeiro,
envolvendo cinco vítimas de nacionalidade chinesa. Em uma das situações, a
vítima era submetida a severos castigos físicos, de acordo com o MP. Na mesma
pastelaria, cachorros mortos a pauladas foram encontrados congelados e seriam
utilizados no preparo da carne para o recheio de pastéis. Os animais foram
encontrados congelados dentro de caixa de isopor nos fundos da pastelaria. O
primeiro caso chegou ao conhecimento do MPT há dois anos, quando um rapaz foi
hospitalizado com queimaduras no corpo. Além de ser obrigado a trabalhar sem
remuneração, a vítima era alvo de castigos diários e jornada de trabalho
exaustiva em uma pastelaria de Parada de Lucas.
Rapaz vítima das
agressões foi colocado no Programa de Proteção à Testemunha
O rapaz vítima das agressões, foi
colocado no programa de Proteção à Testemunha pois o MPT teme que ele seja alvo
da quadrilha responsável pela vinda desses chineses para o Brasil. O
proprietário da pastelaria foi preso em 2013 e responde pelos crimes de redução
à condição análoga a de escravo, frustração de direitos assegurados por lei trabalhista,
omissão de socorro e crime de tortura.
Outras duas pastelarias são alvo
de investigação - Outras duas pastelarias também são alvos de investigação do
MPT. Nos locais, quatro chineses era submetidos a trabalho forçado e sem
remuneração, mas nenhum era vítima de castigo físico. De acordo com o
Ministério Público, os chineses eram pegos no aeroporto e levados para as
pastelarias, onde não tinham contato com outras pessoas.
Animais foram encontrados
congelados nos fundos da pastelaria
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