Montagem com fotos de
oito dos condenados à morte por tráfico na Indonésia - Acima, a partir da
esquerda, os australianos Myuran Sukumaran e Andrew Chan, a filipina Mary Jane
Veloso e o nigeriano Martin Anderson - Abaixo, os nigerianos Jamiu Owolabi
Abashin e Sylvester Obiekwe Nwolise e o brasileiro Rodrigo Gularte. À direita,
o francês Serge Atlaoui, que teve sua execução adiada por recurso
Além do brasileiro Rodrigo
Gularte, sete outros estrangeiros e um indonésio podem ser executados nas
próximas horas na Indonésia. Todos foram condenados por tráfico de drogas e
tiveram seus pedidos de clemência rejeitados. Dois australianos, quatro nigerianos
e uma filipina estão na lista. Já o francês Serge Atlaoui teve sua execução
adiada por recurso.
Os australianos Myuran Sukumaran
e Andrew Chan são considerados integrantes de uma quadrilha de traficantes
conhecida como “Os Nove de Bali”. Chan, de 31 anos, foi preso no aeroporto de
Bali em abril de 2005, acusado de tentar contrabandear 8 quilos de heroína.
Sukuraman, um cidadão australiano nascido em Londres de 34 anos, é acusado de
ser o líder dos Nove de Bali e foi condenado em 2006.
A única mulher do grupo tem 30
anos e foi presa no aeroporto de Jacarta em 2010 com 2.5 kg de heroína. Ela
afirma que foi enganada por uma mulher que havia prometido um emprego como
doméstica e escondeu drogas em sua bagagem. Seu mais recente pedido de revisão
de julgamento foi rejeitado na segunda (27).
O nigeriano Martin Anderson, de
50 anos, foi inicialmente identificado como ganês porque usava um passaporte
falso ao ser preso, em 2003, com cerca de 30 gramas de heroína. Acusado de ser
integrante de uma quadrilha em Jacarta, foi sentenciado à morte em 2004.
Outro nigeriano do grupo é
Okwudili Oyatanze, de 41 anos. Ele foi preso em 2001 quando tentava entrar no
país, vindo do Paquistão, com 2.5 kg de heroína em cápsulas em seu estômago.
Condenado à morte no ano seguinte, compôs mais de 70 músicas e gravou discos de
música gospel dentro da prisão.
Sylvester Obiekwe Nwolise, de 47
anos, é outro nigeriano que foi preso ao tentar entrar no país com cápsulas de
heroína em seu estômago, no caso pouco mais de um quilo. Atraído ao Paquistão
por uma promessa de emprego, diz que concordou em levar a droga por achar que
se tratava de pó de chifre de cabra, contrabandeado apenas para evitar o
pagamento de impostos. Ele foi preso e condenado em 2001.
O estrangeiro que há mais tempo
aguarda execução é o nigeriano Jamiu Owolabi Abashin, de 50 anos. Sua versão é
a de que um amigo, que o acolheu quando ele vivia nas ruas de Bangkok, na
Tailândia, pediu para que ele levasse um pacote com roupas usadas para uma
mulher que venderia as peças em Surabaya, na Indonésia. Abashin diz que só ao
chegar ao aeroporto e ser preso, por usar um falso passaporte espanhol com o
nome de Raheem Agbaje Salami, descobriu que carregava mais de cinco quilos de
heroína em sua bagagem. Ele foi condenado inicialmente à prisão perpétua, em
1999, e teve sua pena reduzida para 20 anos após uma apelação. Mas, em 2006, a
Corte Suprema da Indonésia alterou novamente sua pena, condenando-o à morte.
Único não estrangeiro no grupo
que deve ser executado esta semana, Zainal Abidin, de 50 anos, foi condenado
depois que a polícia encontrou cerca de 60 quilos de maconha em sua casa, em
Palembang, em dezembro de 2000. Ele diz que a droga pertencia a dois amigos que
estavam hospedados no local e que ele sequer sabia o conteúdo dos pacotes. Em
2001, ele foi condenado a 15 anos de prisão, mas no mesmo ano sua sentença foi
convertida à pena de morte.
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