quinta-feira, 16 de abril de 2015

SAÚDE - Prefeito de Iguatu, Aderilo Antunes, devolve hospital ao Estado

Image-0-Artigo-1835285-1O prefeito de Iguatu, Aderilo Antunes Alcântara Filho, comunicou oficialmente ao governador Camilo Santana e ao secretário de Saúde, Carlile Lavor, a impossibilidade de a sua Prefeitura continuar gerindo o Hospital Regional localizado no Município, por insuficiência total de recursos. Os documentos, oficializando a decisão de não poder continuar gerindo o hospital, foram encaminhados ao secretário no dia 30 de março, e ao governador Camilo no dia 9 de abril, segundo Aderilo. Como até agora ele não obteve qualquer informação para efetivar a transição, na segunda-feira, na audiência com a promotora Izabel Porto, em Fortaleza, ele vai começar a cuidar do ingresso de uma ação judicial para obrigar que o Estado assuma e administre o seu patrimônio. Nesta quarta-feira (15), na Assembleia Legislativa, o deputado Agenor Neto (foto), ex-prefeito de Iguatu, voltou a falar no tratamento desigual dispensado pelo Estado, principalmente na área da saúde, aos municípios sedes de hospitais. Ele citou, além do caso de Iguatu, também o de Limoeiro do Norte, onde o prefeito Paulo Duarte repete a alegação da falta de recursos para manter o equipamento que tem no seu Município. Agenor cobrou uma distribuição mais igualitária de recursos pelo Governo entre as macrorregiões do Ceará. Na avaliação do parlamentar, municípios da Região Norte recebem mais atenção por parte do Estado, com até o envio de médicos em aviões comerciais ao Hospital Regional de Sobral, enquanto cidades de outras regiões passam por dificuldades.
Quebrados - Na visão do deputado, é inaceitável que, enquanto os municípios de Iguatu e Limoeiro do Norte financiam, com recursos próprios, a manutenção de equipamentos de Saúde regionais em até, respectivamente, R$ 800 mil e R$ 600 mil mensais, a Prefeitura de Sobral não tenha custos com o hospital de lá. Ele informou que a Secretaria de Saúde e o Ministério Público Estadual tentaram entrar em acordo com outros municípios que utilizam os serviços do Hospital de Iguatu para que eles também contribuíssem para a manutenção do hospital, mas as prefeituras não aceitaram alegando falta de recursos.  Ele criticou ainda o não cumprimento da promessa do Estado de que, no consórcio público de Saúde firmado para a manutenção das policlínicas, a participação dos municípios iria diminuir ao longo do tempo. "Hoje, diminuiu a parcela do Estado em quase R$ 1 milhão por ano, e a dos municípios continua a mesma. Não adianta construir prédios novos, hospitais, se não der sustentação aos que já existem".

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