Um comerciante denuncia policiais
militares de Montes Claros, no norte de Minas, por agressão. Ele trabalhava
quando foi confundido com um assaltante, tentou conversar e foi contido. As
câmeras de segurança da loja flagraram a ação truculenta dos policiais. Os
militares desconfiaram de uma moto de cliente estacionada na frente do sacolão
e perguntaram a Edgard Cardoso quem seria o dono. Ele não respondeu. Em
seguida, ele saiu no próprio veículo para fazer uma entrega. Na volta, foi
cercado pelos militares e seria multado por dirigir sem documento e calçando
chinelos. Ele e os militares discutiram e ele acabou imobilizado na calçada. A
mãe do comerciante tenta intervir e é empurrada. Edgard Cardoso reclama da
abordagem e mostra os hematomas nos braços. — Ele me chamou de folgado e eu
dirigi umas palavras para ele também, falei que ele era folgado. Ele falou que
eu estava preso e começou a me arrastar. Isso é um constrangimento. A gente
trabalha todo dia, sou honesto. Ele me pediu o documento e já estava aplicando
a multa. Para o policial Edvar Fernandes de Oliveira, não houve falhas na
abordagem. — É uma abordagem utilizada quando a pessoa tem alguma resistência à
força policial. Quando tem uma abordagem que era veicular, e a pessoa resistiu,
é necessária a força física para conter os ânimos. Não houve [abuso]. As
imagens deixam evidente que a ação policial foi legítima e proporcional. O
comerciante José Martins da Fonseca, que presenciou a cena, discorda. — Uma
pessoa que é deitada com a cara no chão, deitada em cima dele, isso é um
absurdo. Ele não é bandido.
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