sexta-feira, 29 de maio de 2015

Médica diz ter sido agredida por filha de paciente dentro de Pronto Socorro em SP

A médica Maria Cristina Porto teria sido agredida após se recusar a prescrever um remédio de uso contínuo
Uma consulta médica terminou em confusão no Pronto Socorro Municipal de Itapevi, na Grande São Paulo. Na última segunda-feira, a médica Maria Cristina Bueno Porto, de 56 anos, foi agredida dentro de um dos consultórios da unidade após se desentender com a filha de uma paciente. As imagens do rosto da médica com as marcas da agressão foram enviadas através do WhatsApp do Jornal Extra. — Eu estava atendendo no pronto socorro e no retorno de uma consulta entrou uma paciente, acompanhada da filha. Ela havia sido medicada para dores abdominais. Eu estava assinando a liberação dela quando a filha, no meio da conversa, disse ‘Então, já faz logo a receita dela de medicação da pressão’. Eu expliquei que esse tipo de procedimento era no Posto de Saúde e não na emergência. A mãe entendeu e chegou a concordar comigo. Mas a filha insistiu, dizendo que eu 'tinha mais que fazer mesmo’, de forma grosseira e bastante hostil. Eu expliquei novamente a ela que o procedimento não poderia ser feito na emergência, mas ela insistia. Segundo a médica, as agressões teriam começado verbalmente, após a médica repetir que não poderia prescrever o medicamento usado pela idosa: — Então, ela me chamou de ignorante. Eu pedi que ela aguardasse do lado de fora do consultório e ela disse que não iria sair, mas a mãe mandou que ela saísse. Quando ela insistiu que não ia sair [do consultório], eu disse que não daria sequencia ao atendimento e não atenderia mais ninguém. Alguns pacientes, que estavam do lado de fora, reclamaram. Então, eu levantei e pedi novamente para ela sair. Quando ela saiu, a idosa chegou a dizer que a filha sempre causava confusão. Ainda segundo Maria Cristina, as agressões físicas começaram após a saída da idosa. A filha, então, voltou ao consultório: — Quando a paciente abriu a porta para ir embora, a mulher invadiu meu consultório, me chamando novamente de ignorante. Pegou um frasco de chá, que estava em cima da mesa, e jogou com tudo em cima de mim, junto com alguns papéis. Eu levantei me defendendo. Então, ela enfiou a mão no meu rosto produzindo os ferimentos.

A suposta agressora arranhou o rosto de Maria Cristina. As duas foram encaminhadas para exames de corpo delito e a Polícia aguarda os laudos para dar continuidade a investigação
A médica acionou os policias de plantão na unidade e as duas foram encaminhadas para a Delegacia de Polícia. A Polícia Civil de São Paulo informou que o caso está sendo investigado e que aguarda os laudos dos exames de corpo de delito para encaminhar à justiça. A Prefeitura de Itapevi informou, em nota, que “repudia qualquer manifestação de violência e está tomando todas as medidas cabíveis”. Uma averiguação preliminar será aberta para apurar as informações e diagnosticar os “elementos que culminaram com o evento”.

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