Delegados Ricardo Gonçalves, Arlete
Gonçalves e Dionísio Amaral trabalharam na operação
Uma desavença entre família
motivada pela divisão de uma herança há pelo menos 12 anos, fez com que dois
homens viajassem de São Paulo à Fortaleza para planejar a morte de um primo. A
quadrilha responsável pela articulação foi presa na última segunda-feira, 28, e
o crime de homicídio foi impedido pelas delegacias de Maracanaú, Redenção e
Baturité, que agiram de forma integrada. Segundo o depoimento da quadrilha após
a prisão, os mandantes contrataram executores e gastaram pelo menos R$ 11 mil
com o intuito de tirar a vida do familiar. O homicídio custaria R$ 7 mil e as
armas, dois revólveres calibre 38, foram compradas pelo valor de R$ 4 mil. Os
mandantes da execução alegam que tiveram entes queridos mortos devido à disputa
pelas terras. O desentendimento teve origem no município de Acopiara, e fez com
que os supostos contratantes, Luiz José do Nascimento, 37, e José Aleide Lemos
de Lima, 30, fossem morar em São Paulo, segundo eles, pelo medo de morrer.
Investigação - Os policiais
receberam a informação de que duas pessoas, sendo Kelvin Chaves da Silva e
Felipe Pinto de Sousa, moradores da Cidade de Redenção, foram contratadas para
executar uma pessoa em Fortaleza. Outras duas pessoas, sendo uma identificada
apenas como Francimar e o outro Antônio Rúbio Rodrigues do Carmo, são apontados
como os intermediadores do contrato de morte. Durante todo o período em que
planejavam a execução estavam sendo monitorados pela Polícia. Sexta-feira, 24,
os dois contratantes rondaram a residência da suposta vítima, no Montese, na
tentativa de localizá-la. Já no sábado, 25, foram com o Kelvin para cometer o
crime, mas a vítima não foi localizada. Eles resolveram ir na segunda-feira,
27, mas a Polícia interceptou o caso e prendeu todos. Segundo a polícia, na segunda, 27, o grupo se
encontrou na borracharia de propriedade do Rúbio e seguiu em dois veículos,
sendo um Siena e uma motocicleta. Quem pilotava a moto seria Felipe, que daria
fuga a Kevin após a consumação do crime. O restante das pessoas teria ido ao
local para apontar a vítima aos executores. Foram apreendidos os dois
revólveres calibre 38, pelo menos 30 munições intactas e os aparelhos celulares
dos envolvidos. Todos foram autuados por associação criminosa armada, cujo pena
varia de um a três anos de reclusão em regime fechado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário