A jornalista Maria
Júlia Coutinho
O Ministério Público do Rio de
Janeiro e de São Paulo pediram que fosse investigadas as ofensas publicadas à
jornalista Maria Júlia Coutinho na página do “Jornal Nacional” no Facebook. No
Rio, por meio da Coordenadoria de Direitos Humanos, o Ministério Público
solicitou à Promotoria de Investigação Penal que acompanhe o caso, com rigor,
junto à Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI). Também haverá
uma investigação sobre o caso em São Paulo. A base da investigação serão prints
dos comentários ofensivos de alguns internautas.
Injúria - O crime de injúria está
previsto artigo 140 do Código Penal e consiste em ofender a dignidade ou o
decoro de alguém “na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia,
religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência”. A
pena pode chegar a três anos de reclusão. Se o promotor entender que houve
racismo, os acusados podem responder pelos crimes previstos na Lei 7.716, de
1989. Há várias penas possíveis para racismo, entre elas prisão e multa.
A produção do telejornal
publicou, na noite da última quinta-feira (02), uma foto da apresentadora
diante do painel da meteorologia, com um link sobre a previsão do tempo para
esta sexta-feira (03). Desde então, diversas mensagens ofensivas e de conteúdo
racista têm sido direcionadas à repórter na rede social. Comentários racistas -
Alguns internautas escreveram comentários racistas no post que tem uma foto de
Maju, e várias pessoas saíram em defesa dela. No Twitter, ela respondeu um
comentário agressivo de um internauta. Ela deu um reply e escreveu apenas:
"Beijinho no ombro". William Bonner e Renata Vasconcellos gravaram um
vídeo em que dão um recado, com a equipe do JN. Eles mostraram um cartaz e
gritaram a "SomosTodosMaju". No Twitter, a hashtag
#SomosTodosMajuCoutinho chegou ao topo dos tópicos mais comentados. Em dezembro,
Maju passou a informar a previsão do tempo no Hora 1, mas de uma forma
diferente, mais conversada, como se estivesse na sala do espectador. Desde 27
de abril, está no Jornal Nacional.
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