Marco Willians Herbas Camacho, o
Marcola, foi internado apenas uma vez após os ataques de maio de 2006, nos
últimos nove anos, no RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), mesmo sendo
acusado de vários crimes graves durante o período. Em outubro de 2013, o MPE (Ministério
Público Estadual) apurou, por meio de escutas telefônicas, que o PCC (Primeiro
Comando da Capital) planejava matar o governador Geraldo Alckmin (PSDB). O
detento Luis Henrique Fernandes, o LH, foi flagrado conversando com outro
bandido. No diálogo, ele diz que o governador estaria "decretado"
(jurado de morte) pela facção. Mesmo após essa descoberta, o chefe da facção não
recebeu punição disciplinar. Quatro meses depois, a promotoria e a polícia
descobriram outro plano audacioso do PCC: resgatar Marcola e outros líderes da
quadrilha de dentro do Presídio de Presidente Venceslau 2. Os bandidos, segundo
a investigação, pretendiam usar dois helicópteros, um deles com as cores da
Polícia Militar. As duas aeronaves levariam Marcola e os outros bandidos em
segurança até a cidade de Loanda, no Paraná. De lá, eles seguiriam de avião
para o Paraguai. Por essa investigação, Marcola ficou um mês no RDD, dos 12
possíveis por infração, previsto em lei. Em ambos os casos, houve pedidos do
governo do Estado pela internação em regime mais rígido, o que foi negado pela
Justiça estadual. O RDD foi criado pelo governo do Estado em 2002. No começo, a
internação de um preso dependia só de uma decisão administrativa. Foi em
dezembro de 2003 que a punição passou a ter de ser confirmada pela Justiça.
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