Dezenove sacos pretos
lembram vítimas da chacina
Dezenove sacos pretos cobrindo
corpos de papel foram colocados na calçada da Avenida Paulista em frente ao
Masp na manhã desta sexta-feira (28). O protesto que também conta com uma faixa
com a pergunta "Quem matou 19" cobra a autoria da chacina que deixou
19 pessoas mortas em Osasco e Barueri no último dia 13 de agosto. O ato foi
organizado pela ONG Rio de Paz que no último dia 20 realizou protesto
semelhante na Paulista.
Leticia da Silva
morreu duas semanas após ser baleada em Osasco
Letícia é a 19ª vítima da chacina
nas cidades de Barueri e Osasco ocorrida na noite de 13 de agosto. Letícia da
Silva foi baleada no abdômen na Rua Suzano, em Osasco. Ela era moradora da
cidade e foi encontrada ferida ao lado da motorista Eugenia Monteiro de
Oliveira, de 27 anos, que também foi levada com vida ao Hospital Municipal
Antonio Giclio. As duas estavam na calçada quando foram atingidas pelos
disparos. Até o momento, seis pessoas que foram vítimas dos ataques em série
sobreviveram à chacina. Pelo menos três feridos ainda estão internados em
hospitais da região.
Investigação - A Polícia Civil
passou a investigar quatro guardas-civis de Barueri, na Grande São Paulo, pela
chacina na cidade e também em Osasco. Agora, o número de suspeitos do crime
ocorrido em 13 de agosto subiu para 23. Além dos GCMs, 18 policiais militares e
um segurança que pode ser marido de uma PM de Osasco são investigados. Um
soldado da polícia foi preso após ser reconhecido por uma testemunha. Fabrício
Emmanuel Eleutério teve a prisão preventiva decretada e foi transferido para o
presídio Romão Gomes, na Zona Norte de São Paulo.
Corregedoria da PM
investiga 18 policiais suspeitos de participação nas mortes
Agora, a Força-Tarefa vai pedir
que a Corregedoria apresente os outros 17 policiais que estão sendo
investigados . Sete deles são das Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas
(Rocam) de Osasco. Na noite da chacina, eles chegaram juntos a um bar no Parque
São Domingos, Zona Oeste de São Paulo. Em depoimento, eles disseram que faziam
uma confraternização, mas a Corregedoria suspeita que eles tenham ido para lá
comemorar ações que acobertaram ou participaram.
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