domingo, 23 de agosto de 2015

Corregedoria apura participação de 18 PMs em chacina

Manifestantes protestam contra a morte de 18 pessoas em Osasco e Barueri (Foto: Carolina Dantas/G1)
Manifestantes protestam contra a morte de 18 pessoas em Osasco e Barueri

A Corregedoria da Polícia Militar investiga 19 suspeitos de envolvimento nos assassinatos ocorridos em Osasco e Barueri em 13 de agosto. Dezoito dos investigados são policiais militares. Os ataques nos municípios da Grande São Paulo deixaram 18 mortos e seis feridos. São investigados dois cabos, cinco sargentos e 11 soldados. Os policiais suspeitos moram em Osasco, Barueri, São Paulo e um em Sorocaba. Além deles, o marido de uma PM também é investigado. Foram expedidos mandados de busca e apreensão contra os 19 suspeitos. A polícia está em busca de provas como armas, celulares e computadores. Duas vítimas que sobreviveram a um dos ataques foram ouvidas pela Corregedoria. No depoimento, elas disseram que viram um carro da PM acompanhando o veículo prata em que estavam os atiradores que agiram em Osasco. Segundo as testemunhas, os policiais estavam dando risadas dentro do carro. As vítimas disseram ainda que um carro da corporação passou pelo local do ataque 20 minutos antes. Segundo a Corregedoria, ficou demonstrado por meio de ocorrências que se trata de um grupo organizado com clara intenção de vingança, o que significa que pode se tratar de um grupo de extermínio que atua na região de Osasco. Os dez ataques aconteceram depois da morte de um policial militar em Osasco e de um guarda metropolitano em Barueri. A Corregedoria estranhou que sete policiais da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam) foram liberados do serviço às 23h em vez de irem para os locais onde a chacina tinha acabado de acontecer. Todos saíram e foram para o mesmo bar.

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