Vagner morreu após
ser atingido por disparo no abdômen
A família do jovem Vagner
Barreto, de 22 anos, que morreu após ser baleado por um policial militar
durante uma discussão nesta quinta-feira (13), não consegue aceitar o que
aconteceu. Para a esposa, o sentimento é de revolta. Hellen Vitória Barreto, de
21 anos, diz que o marido não provocou a briga com os PMs. O fato aconteceu em
Santo Antônio da Patrulha, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Inconformada,
Hellen conta que a confusão começou quando Vagner, o pai dela e um amigo
chegavam de carro em casa, por volta de 1h. Ela estava dentro da residência,
acompanhada da mãe. O portão não abriu, e o veículo ficou atravessado na rua.
Foi quando começou o desentendimento. Vagner iria buscar o controle, mas os
policiais queriam multar o condutor. "O Vagner foi lá para dizer que não
tinha necessidade de uma multa. E o policial não aceitou. Ele puxou a arma e
simplesmente deu um tiro. Eu escutei o barulho e saí correndo, dizendo para ele
que tinha matado o meu marido". Hellen afirma que o PM que atirou não
prestou socorro. A família ligou para o Samu, que, segundo seus cálculos,
demorou cerca de 40 minutos para chegar. Vagner levou um tiro no abdômen e
morreu ao dar entrada no hospital. O
casal morava junto há um ano. Vagner era segurança de uma empresa particular.
Nas horas vagas, lutava muay thai. Esse é o motivo que, segundo Hellen, levou o
policial a ter uma rixa com a vítima. Ela não especifica o teor, mas diz que
ameaças aconteciam há algum tempo. O marido, porém, não entrava em confusão. Em
depoimento, o policial afirmou ter sido agredido e desacatado pelo jovem. A
Polícia Civil pretende ouvir a partir da próxima segunda (17) pessoas que
testemunharam a discussão.
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