
Em Alcaçuz, várias
grades e portões foram arrancados das paredes; um dos pavilhões ficou
completamente destruído
Grades e portões arrancados,
celas, guaritas e pavilhões depredados, colchões e lençóis queimados. Tanto na
Penitenciária Estadual de Alcaçuz quanto no Presídio Provisório Raimundo Nonato
– presídios da Grande Natal alvos de motins neste final de semana – o resultado
foi o mesmo: destruição. Pouca coisa restou. É o que mostra fotos registrados
por policiais militares e agentes penitenciários que atuaram na contenção dos
rebelados. Pelas imagens é possível ver carceragens em chamas no Raimundo
Nonato, também conhecido como Cadeia Pública de Natal. Já em Alcaçuz, além do
quebra-quebra em um dos pavilhões, os internos jogaram pedras contra o Batalhão
de Choque da PM, que teve que recuar e deixar a penitenciária. Com a retomada do controle nos presídios, o
governo do estado soltou uma nota na qual diz que “providências para reparos
dos setores depredados, tanto em Alcaçuz quanto no Raimundo Nonato, já foram
tomadas. Medidas como colocação de grades, recuperação de paredes e limpeza”.
Apesar dos prejuízos, o governo enfatiza que não houve fuga ou registro de
feridos durante as ocorrências. O governo também confirmou que os presos se
amotinaram logo após a descoberta de um túnel escavado em Alcaçuz, que fica em
Nísia Floresta. Isso aconteceu na tarde do último sábado (7). Com a situação
fora de controle na penitenciária, detentos do Raimundo Nonato, na Zona Norte
de Natal, também se rebelaram e começaram a queimar colchões. Em pouco tempo,
os presos quebraram tudo o que encontraram pela frente e a baderna foi geral.
Várias grades foram arrancadas das paredes e muito lixo foi espalhado pelos
corredores. Ainda de acordo com a nota, o governo afirma que “está empenhado em
restabelecer a ordem no Sistema Carcerário do Rio Grande do Norte, com o apoio
da Secretaria de Segurança, para minimizar os conflitos e manter o controle nas
unidades prisionais do estado”.

A descoberta de um
túnel em Alcaçuz foi considerada pelo governo a causa dos motins

No Presídio
Provisório Raimundo Nonato, em Natal, os presos também causaram muitos estragos
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