
Adolescente cometeu
suicídio em um túmulo do cemitério em Varginha
A polícia investiga se o suicídio
de um adolescente de 16 anos em cima de um túmulo de um cemitério em Varginha,
no sul de Minas Gerais, está relacionada com um pacto de morte entre um grupo
de jovens. A desconfiança foi levantada pela família durante o velório. Alguns
conhecidos do jovem teriam dito à mãe do rapaz que ele fazia parte de um grupo que
se desafiava a sentir dor. Na internet, o jovem usava como nome de perfil um
código secreto usado para identificar integrantes do grupo. Segundo a irmã de
uma das meninas que integra a turma, eles encaravam a dor como um ato de
coragem. — É um grupo que cultua a
morte. Para eles, suicídio é para quem tem mais coragem ou quem é o maior da
turma. Eles confiam somente neles e acreditam que os familiares que querem
ajudar não gostam deles. Eles apoiam a automutilação. Para eles, é bonito
sentir dor. O grupo não se conhecia pessoalmente e se comunicava através de
redes sociais, já que a maioria dos participantes mora em cidades diferentes.
De acordo com a jovem, a intenção do pacto é a união dos cinco integrantes. — A
gente tá separado, só que nós estamos pra se encontrar, entende - Mesmo que não
seja em vida. De acordo com o boletim de ocorrência, Evair Júnior foi até o
local na companhia de dois amigos. Ele teria pedido para que os colegas
andassem pelo cemitério a procura de um túmulo com o número 469. Os amigos procuraram mas não encontraram
nada. Eles voltaram e encontraram o jovem morto. Antes de morrer, o jovem teria
pedido ajuda a uma de suas amigas. A
polícia também investiga a possível existência de um vídeo que teria sido
gravado no cemitério no dia em que o adolescente morreu. De acordo com
testemunhas, nas imagens seria possível ver o momento exato em que ele tirava a
própria vida e ainda ouvir vozes de outros jovens que incentivavam e
comemoravam a atitude de Evair.
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