
Ex-delegado foi
condenado a 18 anos de prisão por morte de menor
O ex-delegado Geraldo Toledo foi
condenado nesta sexta-feira (4) a 18 anos e nove meses de prisão pelo
assassinato da namorada, Amanda Linhares Santos, de 17 anos, com um tiro na
cabeça. O crime ocorreu em abril de 2013 em uma estrada que liga o distrito de
Lavras Novas à cidade de Ouro Preto, na região central de Minas. O julgamento
do ex-policial civil teve início na última terça-feira (1º) em Ouro Preto. Ao
todo foram ouvidas nove testemunhas de defesa e acusação, entre elas a
ex-mulher, uma ex-namorada e a atual namorada de Toledo. Todas disseram que o
acusado não era violento e nunca teria agredido-as. Já o réu negou ter matado
Amanda. Ele alega que o casal tinha um relacionamento conturbado e que a menor
teria disparado um tiro em sua própria cabeça, versão descartada pela perícia
criminal. Além disso, Toledo também negou que tenha abandonado a vítima após o
crime e disse tê-la socorrido até um hospital e, em seguida, tentou ir até uma
delegacia de Ouro Preto, mas acabou se perdendo e decidiu voltar para Belo
Horizonte. Toledo foi condenado por homicídio duplamente qualificado, por
motivo torpe e por impossibilitar a defesa da vítima, e também por fraude
processual, ao deixar o local do crime e mudar o estado das coisas, apagando
vestígios e dificultando a apuração dos fatos. Ele permaneceu detido durante
toda a tramitação processual e já voltou à Casa de Custódia da Polícia Civil,
em Belo Horizonte, onde continuará preso.
Relembre o caso - Amanda Linhares
foi baleada na cabeça e ficou internada por quase dois meses no Hospital
Pronto-Socorro João 23, em Belo Horizonte. Ela morreu na noite do dia 4 de
junho, após sofrer uma parada cardiorrespiratória. Na época do crime, o
ex-delegado disse que ela tinha se suicidado, versão mantida por ele no
julgamento, mas foi descartada pela perícia.
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