
Vontade de ter uma vida normal.
Esse é o maior desejo de Sandro, de 39 anos, morador do município de
Alagoinhas, no interior da Bahia. Ele teve a vida subitamente modificada depois
de ser submetido a um procedimento cirúrgico mal sucedido, quando tinha apenas
14 anos. Sandro revela que precisa encarar o preconceito em todo lugar que vai,
por conta do seu problema de saúde. Além desse drama, o homem conta que foi
abandonado pelos familiares. — Muitas
pessoas, às vezes, me tratam muito bem, outras me tratam mal. Ficam desfazendo
de mim, me chamando de monstro, bicho, mas só que eu não posso fazer nada. Já
chamei a polícia, mas a polícia não me atende. Para que os danos sejam
minimizados, Sandro precisa de uma cirurgia plástica que corrija a deformação
no rosto. Por onde passa, Sandro provoca reações adversas nas pessoas. Ele
confessou que já chegou a ser agredido e humilhado psicologicamente, por causa
da sua aparência. —Uma vez bateram e tomaram R$ 0,50 de mim, saíram dando
risada e disseram que cego tem que andar com dinheiro. Além dos problemas
causados pelo erro médico, Sandro ainda precisa lidar com outra triste
realidade, a falta de uma moradia fixa, pois o imóvel onde morava teve a
estrutura danificada após um período chuvoso no município. Mesmo com todas as
dificuldades, Sandro se mantém forte diante de tantas adversidades da vida. —
Alguns têm nojo de mim, dão até risada. Eu sempre peço a Deus que apareça uma
pessoa que olhasse para mim e fizesse um meio para que eu mudasse de vida. Eu
sou normal como qualquer um.
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