O Superior Tribunal Militar
determinou a perda de posto e de patente de um coronel condenado por traficar
cocaína em aviões da Força Aérea Brasileira. Ele já havia sido condenado na
Justiça Federal a 16 anos pelo crime. De acordo com o processo, o homem
integrava uma quadrilha especializada na venda internacional de entorpecentes
para a Europa. A decisão foi unânime. O militar foi flagrado com 32 kg de
cocaína, escondidos em malas de viagens. Uma operação da Polícia Federal
iniciada em 1999, batizada de "Mar Aberto", apontou o suposto
esquema: porções de droga eram transportadas por aviões da FAB, em malas comuns
que não passavam pelo processo rotineiro de controle, com destino a Las Palmas,
nas Ilhas Canárias. A corporação chegou a interceptar ligações telefônicas para
descobrir detalhes. De acordo com a apuração, o coronel tinha "papel
importante" no esquema. Além da pena de 16 anos de prisão em regime
inicialmente fechado, ele foi condenado a pagar 266 dias de multa – cada uma no
valor de dois salários mínimos. Os outros dois oficiais da Aeronáutica acusados
de envolvimento com o crime foram condenados a penas similares, e um deles
perdeu o posto e a patente em novembro de 2011. Com a sentença transitada em
julgado, o Ministério Público Militar entrou com ação junto ao Supremo Tribunal
Militar para declarar o coronel indigno ao oficialato e pedir a perda do posto
e da patente. A medida impede que o militar permaneça nas Forças Armadas.
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