Nelson Barbosa disse
que reequilíbrio fiscal continua sendo prioridade do governo
Nelson Barbosa, então ministro do
Planejamento, substitui Joaquim Levy no Ministério da Fazenda. A definição saiu
na tarde desta sexta-feira, 18, com anúncio oficial feito por meio de nota à
impresa pouco antes das 18h (horário local). Valdir Simão, ministro-chefe da
Controladoria Geral da União (CGU), ficará no Planejamento. Carlos Higino Ribeiro de Alencar, que era
secretário-executivo da CGU, assume interinamente o comando o órgão. A
indicação de Barbosa é uma definição caseira, diante da dificuldade de
encontrar gente de fora do Governo que aceite a função em meio à crise política
e econômica. Nelson Barbosa, 46, é nome
com aval do ex-presidente Lula e, apesar de técnico, tem perfil mais político
que Levy. Essa característica é fundamental no atual cenário, no qual uma
gestão desgastada precisa tomar medidas impopulares para fechar as contas. Ele
assumiu o Ministério do Planejamento neste ano. Na época, foi bem recebido pelo
mercado, junto de Levy e Alexandre Tombini (Banco Central). As expectativas em
torno da equipe técnica, no entanto, foram frustradas ao longo deste ano. Isso
porque as definições da política econômica esbarraram diversas vezes na
resistência política, dentro do próprio Governo e no Congresso. Foi esse embate
que levou ao desgaste de Joaquim Levy, diversas vezes colocado em saia-justa,
com metas revistas, e projetos abandonados pelo Governo.
Descrédito - Na nova função,
Barbosa segue com a difícil missão de tocar o ajuste fiscal: cortar gastos,
aumentar receitas e fechar o ano com saldo positivo equivalente a 0,5% do
Produto Interno Bruto (PIB). Mas ele já chega à função com descrédito. Tudo o
que o mercado não quer é exatamente esse perfil mais político. Pesam contra
ele, sua atuação no Planejamento e na própria Fazenda, onde integrou a equipe
de Guido Mantega. A avaliação é que Nelson não tem pulso suficiente para fazer
os ajustes necessários na economia diante da situação política delicada.
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