
A Justiça do Distrito Federal
condenou o cantor Zeca Pagodinho e outras quatro pessoas por envolvimento em
fraude na contratação de dois shows em 2008. De acordo com o Ministério
Público, houve superfaturamento nos contratos do artista para realizar os shows
da 15ª Expoagro e do aniversário de Brasília. Na exposição, foram gastos R$ 170
mil apenas com o cachê do cantor. Apresentações
realizadas poucos meses antes custaram cerca de R$ 200 mil com o cachê do
artista e outros serviços. No aniversário da capital, o cachê foi de R$ 120 mil
por 45 minutos de apresentação, o valor é semelhante ao que foi cobrado por um
show com uma hora e meia de duração. Zeca Pagodinho foi condenado a três anos
de detenção em regime aberto, sendo a pena convertida em prestação de serviços
à comunidade e ao pagamento de multa. Outros três envolvidos foram condenados a
quatro anos e oito meses de detenção em regime semiaberto e ao pagamento de
multa no valor de 2% dos dois contratos. O quarto investigado recebeu
condenação de três anos e seis meses de detenção em regime aberto e pagamento
de multa no valor de 2% dos dois contratos. A assessoria de imprensa de Zeca
Pagodinho informou, por meio de nota, que o artista cobrou o cachê padrão e
usual da época e fez a apresentação que constava do roteiro do show contratado.
Segundo a nota, "não houve diferença entre o show de Brasília e qualquer
outro realizado na época, seja na sua duração, seja no seu valor, conforme foi
provado nos autos. Assim, não há que se falar em superfaturamento, posto que o
artista recebeu o que cobrava de todos". Ainda segundo a assessoria do
artista, "a condenação é absurda e não se sustenta na prova dos autos, nem
mesmo diante dos fatos".
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