Janeiro fechou com aumento de
103% nas chuvas em todo o Ceará, segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e
Recursos Hídricos (Funceme). A média histórica para o mês era de 98.7
milímetros, mas foram registrados 200.7 milímetros. As maiores precipitações do
mês ocorreram no dia 21, em Crateús, com 166 milímetros; e no dia 7, em
Amontada, com 155 milímetros. Historicamente, a estação chuvosa do Ceará começa
em fevereiro e segue até maio por mudanças climáticas na zona de convergência
intertropical, a qual o estado está situado. O prognóstico climático de 2016,
anunciado pela Funceme no dia 20 de janeiro, reforça a tendência da quadra
chuvosa dos últimos 4 anos para os meses de fevereiro a abril de 2016. Pesquisadores
do órgão indicam que existe probabilidade de 65% de chuvas abaixo da média no
Estado, 25% de chuvas em torno da média e 10% de chuvas acima da média do
período.
Reservatórios - Os 153 açudes
monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh-CE)
apresentam volume armazenado de 12,9%. Em 1º de fevereiro do ano passado, esse
percentual era de 19%. Houve aumento de volume em 37 açudes, permitindo que 11
deixassem o volume morto e que outros 10 deixassem de estar secos. Atualmente,
os maiores volumes de água estão distribuídos nas bacias do Litoral (36,08% ),
Alto Jaguaribe (30,36%) e Coreaú (30,43%). As bacias com menor volume de águas
são do Sertões de Crateús (4,64%), Curu (2,93%) e Baixo Jaguaribe (0,25%). Apenas
a barragem de Caldeirões, em Saboeiro, e o açude Trici, em Tauá, estão
sangrando. Os dois reservatórios ficam localizados na Bacia do Alto Jaguaribe.
Já o açude Colina, em Quiterianópolis, no Sertão de Crateús, está com
capacidade acima de 99%. Apesar das intensas chuvas da pré-estação em todo o
estado, 128 açudes cearenses estão com volume inferior a 30% da capacidade
total.
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