
Policial federal
durante operação De Volta para Canaã, que apreendeu carros e bens de pessoas
ligadas à seita Comunidade Evangélica Jesus, a Verdade que Marca
Após investigação que durou quase
cinco anos, a Polícia Federal de Varginha, em Minas Gerais, indiciou 43 pessoas
ligadas à seita Comunidade Evangélica Jesus, a Verdade que Marca. O grupo agia
no sul de Minas Gerais e, entre outros crimes, responde a denúncias de fraude,
lavagem de dinheiro e trabalho escravo. Seis dos envolvidos foram presos em
agosto do ano passado durante a operação De Volta para Canaã. Contas bancárias
do grupo e bens avaliados em R$ 100 milhões foram bloqueados. Alguns dos
citados são líderes da seita, outros teriam sido usados como
"laranjas" e há pessoas que foram acusadas por terem se beneficiado
no esquema. Segundo a polícia, a cúpula do grupo responderá por todos os crimes
e os demais, de acordo com a participação individual. Foram apreendidos pela
polícia mais de cem carros além de confiscarem 15 imóveis. Os bens também serão
usados para pagar direitos trabalhistas de fiéis que atuavam em fazendas sem
registro em carteira e em condições de trabalho escravo. Segundo a
investigação, essas pessoas eram recrutadas em uma igreja na capital paulista e
convencidas a ir morar e trabalhar em fazendas em Minas, doando tudo o que
tinham para a seita.
Trâmite - O inquérito foi
encaminhado pela Polícia Federal nesta semana ao Ministério Público Federal de
Belo Horizonte, que decidirá sobre a denúncia a ser enviada à Justiça. Os
líderes chegaram a ficar presos, mas hoje aguardam em liberdade. Os advogados
de defesa negam a culpa de seus clientes. Alegam ainda que não foram
notificados sobre o inquérito e, por isso, não vão comentar as denúncias.
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