
A Polícia Civil quer saber como
Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, condenado pela morte de Eliza Samudio,
teve acesso a bebidas alcoólicas e carnes para um churrasco na Casa de Custódia
do Policial Civil, em Belo Horizonte, onde cumpre pena por homicídio duplamente
qualificado e ocultação de cadáver. A polícia afirmou que será realizada uma
perícia para constatar a veracidade das imagens. Medidas administrativas estão
sendo tomadas e, confirmadas as transgressões, o caso será encaminhado
imediatamente à corregedoria para apurar a conduta de servidores e agentes
penitenciários. Em relação aos presos, a Polícia Civil informou que será
verificada ainda a possibilidade de regressão de pena pela possível infração. A
defesa de Bola atribui toda responsabilidade à administração carcerária e
enfatiza que o cliente "não tem opção de sair da cela". Nas fotos,
Bola participa de um churrasco com direito a cachaça e cerveja dentro da cela.
Um celular e pacotes de carne de boi e linguiça também aparecem em cima da
mesa. Santos está na Casa de Custódia há oito meses, graças a um recurso de sua
defesa. De acordo com a nova Lei Orgânica da Polícia Civil, ex-policiais têm o
direito de cumprir pena nesta carceragem, mesmo que tenham sido expulsos da
corporação. O ex-policial foi condenado por ter articulado o assassinato da
ex-amante do goleiro Bruno Fernandes em 2010. Segundo a sentença, Bola destruiu
o corpo de Eliza Samudio, que nunca apareceu. Ele também responde por mortes
praticadas por um grupo de extermínio em um sítio usado para treinamento da Polícia
Civil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário