terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Polícia investiga como assassino conseguiu linguiça e bebida em penitenciária

A Polícia Civil quer saber como Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, condenado pela morte de Eliza Samudio, teve acesso a bebidas alcoólicas e carnes para um churrasco na Casa de Custódia do Policial Civil, em Belo Horizonte, onde cumpre pena por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. A polícia afirmou que será realizada uma perícia para constatar a veracidade das imagens. Medidas administrativas estão sendo tomadas e, confirmadas as transgressões, o caso será encaminhado imediatamente à corregedoria para apurar a conduta de servidores e agentes penitenciários. Em relação aos presos, a Polícia Civil informou que será verificada ainda a possibilidade de regressão de pena pela possível infração. A defesa de Bola atribui toda responsabilidade à administração carcerária e enfatiza que o cliente "não tem opção de sair da cela". Nas fotos, Bola participa de um churrasco com direito a cachaça e cerveja dentro da cela. Um celular e pacotes de carne de boi e linguiça também aparecem em cima da mesa. Santos está na Casa de Custódia há oito meses, graças a um recurso de sua defesa. De acordo com a nova Lei Orgânica da Polícia Civil, ex-policiais têm o direito de cumprir pena nesta carceragem, mesmo que tenham sido expulsos da corporação. O ex-policial foi condenado por ter articulado o assassinato da ex-amante do goleiro Bruno Fernandes em 2010. Segundo a sentença, Bola destruiu o corpo de Eliza Samudio, que nunca apareceu. Ele também responde por mortes praticadas por um grupo de extermínio em um sítio usado para treinamento da Polícia Civil.

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